segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Carta aos políticos – Da janela do quarto.


Estava eu um dia olhando pela janela do meu quarto, esperando o tempo passar. Alguém já parou para fazer isso? Do alto da janela podemos enxergar tantas coisas.
E foi o modo como as pessoas trafegam pelas ruas que me chamou mais atenção. Há pais levando os filhos para a escola nos seus carros importados, há pessoas indo trabalhar nos seus carros comuns, há jovens saindo para se divertir ou voltando para casa depois de um longo e cansativo dia de trabalho. Há ainda casais apaixonados e felizes, vivendo o começo de uma nova vida, e há as senhoras enchendo o porta-malas do de compras para abastecer a geladeira. Mas há, também, as pessoas que utilizam os transportes públicos, os ônibus, essas que acordam às cinco horas da manhã para estarem no trabalho às sete e voltarem para casa às dez da noite. Há também aqueles que aproveitam a bicicleta, com a mochila pendurada nas costas e suor no coração. Mas há ainda aqueles que não têm destino. Eles estão perambulando pelas ruas com a barriga cheia de vazio e caçando um pouquinho de amor e de esperança pelas calçadas da cidade grande.
Quando eu olhei pela janela do meu quarto, meu coração ardeu.
Quando eu olhei pela janela do meu quarto eu enxerguei a desigualdade.
Eu gostaria tanto de poder entender o que se passa no coração e na mente de um político. Há tantas perguntas que eu gostaria de fazer. Você também?

-> Senhor Governador, o que você sente quando ver crianças dormindo em cima de papelotes, na chuva, com fome e com frio? Quando não há ninguém para abraça-las e protegê-las do barulho do vento! Sem ninguém que possa dizer com sinceridade que ela pode dormir tranquila, que aquilo é só um sonho ruim e que amanhã quando ela acordar, tudo estará bem!? O que você sente?!
-> Gostaria de entender, Senhor Governador, de onde o Senhor tira fôlego para andar com a cabeça erguida enquanto há uma criança morrendo de fome no exato segundo em que o Senhor está desviando o dinheiro da merenda escolar.
-> Senhor Governador, enquanto você está embarcando a sua filha para estudar na Europa, há uma criança lavando o seu carro em troca de algumas moedas para ter o que comer no final do dia. O Senhor não acha que essa criança deveria estar estudando também? E se os papéis se invertessem? E se essa criança fosse a sua filha? Seu coração iria doer?
Senhor Governador, você já parou para olhar o mundo da janela do seu quarto?



O grande problema está na deslealdade de nossos líderes para conosco, mas a culpa não é exclusivamente deles. Não! A responsabilidade deles é nos representar, afinal, todo grupo precisa de um líder. O que não quer dizer que é dever deles cuidar sozinhos do mundo. Esse mundo é a nossa casa, o nosso lar. É o lugar onde vivemos os melhores momentos de nosso tempo, é onde aprendemos com a vida, onde nos machucamos, onde caímos e onde levantamos, onde choramos e onde damos gargalhadas. É onde somos felizes. É onde vivemos!
É TUDO NOSSO, GALERA!!!
Vamos deixar esse pensamento, de que um mundo desigual é culpa do governo, de lado. Nós temos que participar também.
Maravilhoso seria se a preocupação com a política fosse sempre como está sendo com as eleições. Mas eu enxergo isso como um passo dado à frente, como uma evolução. Nós estamos mais ativos, mais vivos, mais ligados. E isso não é um processo que se dá do dia para a noite, é um processo gradativo. Vamos continuar caminhando para um mundo melhor, porque nós podemos, sim, fazer isso. Basta querermos, todos juntos!
Vamos cuidar do nosso mundo também, gente! Nós temos direitos de sobra de reivindicar tudo o que acharmos que não está certo. As coisas que mudam são aquelas que permanecem em movimento constante.

OBS: Aos políticos honestos, agradeço de coração. E sei que existem, sim, os que desejam tanto quanto nós, um mundo longe de desamor. Estão em minoria, mas existem, e aos pouquinhos vão conquistando seu lugar no meio. 

Há um site (abaixo) que eu venho dando uma olhada há uns tempos, e que me interessei bastante. E eu indico para você, que gosta de política, e para você que detesta política, à abrir e ler, nem que seja só por alguns minutos.
Indico, também, o livro “Carregando o Elefante”, que inclusive está disponível nesse site e dá para baixar online. 


O que eu desejo para todos nós - todas as milhares de pessoas existentes no mundo - é que nossos corações se encham de amor todos os dias de nossas vidas e que nós possamos enxergar além de nossa própria vontade. Desejo  que nosso coração esteja tão cheio de amor, mas tão cheio de amor, que esse amor transborde para todos os lados, para todas as pessoas e para todas as coisas. Amor, amor amor! Sempre. 


COMO CONSERTAR O BRASIL?

Assistam!!?

“Você pode sofrer a dor da mudança ou sofrer por permanecer do jeito que é.” (Joyce Meyer)








Por: Raíssa Carneiro

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